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g-hospitalsousamartins01bA DORG do PCP não pode deixar de lamentar que mais uma vez depois do PS, o Governo PSD/CDS, lance a hipótese de encerramento de Maternidades entre elas a da Guarda.

As maternidades como a da Guarda, são serviços públicos essenciais cuja existência têm garantido ao longo de várias gerações o atendimento de elevada qualidade humana e técnica a milhares de mulheres e crianças. A maternidade da Guarda, cidade onde existe uma Escola de Enfermagem, serve um total de catorze concelhos, alguns à distância de 80 quilómetros, sem contar naturalmente com as suas freguesias. Mais uma vez pensam-se e equacionam-se tomadas de posição políticas baseadas em dados estatísticos e medidas economicistas e não em realidades concretas.

O encerramento desta importante valência, significaria um retrocesso civilizacional, o desaparecimento a breve prazo de outros serviços e um atentado à segurança sanitária para mulheres grávidas e parturientes que seriam obrigadas a efectuar grandes deslocações para terem os seus filhos.

Como alertámos no passado, voltamos a entender inaceitável a intenção do Governo considerar o eventual encerramento de Maternidades como a da Guarda. Seria dramático para uma região como a nossa, duramente atingida pelo desinvestimento, pela perda de serviços públicos essenciais ao longo de muitos anos, pela incapacidade de fixar a população, particularmente jovem, perder a Maternidade, acrescentando à falta de oferta de saídas profissionais, também a falta de adequada assistência maternal.

Este é mais um ataque às conquistas de Abril como o Serviço Nacional de Saúde. Ataque contemplado no Pacto de Agressão do PSD/CDS com o apoio do PS que precisa de ser combatido pelos que estão a ser atacados, os trabalhadores e as populações.

O PCP recorda que foi a luta das populações que travaram e inverteram este caminho que sustenta mais desigualdades e condena cada vez mais o interior e as suas populações ao abandono e à redução de prestação de serviços públicos, entre eles a saúde.

A DORG do PCP apela à população que, como no passado, não se resigne e lute pela defesa deste importante serviço.