Apresentação da candidatura CDU ao Círculo da Guarda
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O primeiro candidato da CDU ao Círculo Eleitoral da Guarda será apresentado publicamente no próximo dia 9 de janeiro, pelas 17h30 na Sede do PCP na Guarda.
José Pedro Branquinho é o 1.º Candidato da CDU pelo Círculo Eleitoral da Guarda
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Faleceu Odete Santos, deputada do PCP natural da Guarda
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Nota do Secretariado do Comité Central do PCP
É com profundo pesar que o Secretariado do Comité Central do Partido Comunista Português cumpre o doloroso dever de informar o falecimento de Odete Santos aos 82 anos de idade e transmite à família as suas condolências.
Maria Odete Santos, nasceu a 26 de Abril de 1941, na Freguesia de Pêga, concelho da Guarda. Estudou no Liceu de Setúbal, licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, tendo exercido advocacia durante anos.
Membro do Partido Comunista Português desde 1974, integrou a Comissão Concelhia de Setúbal, a Direcção da Organização Regional de Setúbal e o Comité Central do PCP, do qual fez parte de 2000 a 2012.
Mulher de cultura, desde muito jovem teve intervenção cultural e antifascista em associações de cultura e recreio do distrito de Setúbal, nomeadamente no Clube de Campismo de Setúbal. Foi esse activismo e intervenção que suscitaram a perseguição da PIDE/DGS, a polícia política do regime fascista.
Logo a seguir ao 25 de Abril de 1974 integrou a Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Setúbal. Entre muitas das suas intervenções na nova vida democrática do concelho está o seu papel como principal impulsionadora da criação do Teatro de Animação de Setúbal (TAS), onde representou conhecidos dramaturgos.
É autora dos livros “Em Maio há cerejas” (Ausência, 2003) e “A Bruxa Hipátia – o cérebro tem sexo?” (Página a Página, 2010), e de uma colectânea de poesia (jornal Público) “A argamassa dos poemas”, onde Odete Santos através de autores que “amava” prestou homenagem aos que fizeram da poesia uma das mais belas e fortes armas de intervenção. Nas ruas de Setúbal disse poesia de Bocage. Sucessivas gerações ouviram e recordam a força que imprimiu ao declamar “Calçada de Carriche” de António Gedeão. Teve ainda participação nos anos de 2004 e 2005 em Teatro de Revista no Parque Mayer.
Foi deputada da Assembleia da República, de Novembro de 1980 a Abril de 2007. Destacou-se em áreas dos Direitos, Liberdades e Garantias, na defesa dos direitos dos trabalhadores e dos direitos das mulheres, assuntos que abordou em conferências, debates, entrevistas e artigos publicados. É de particular significado a sua intervenção na conquista de novos direitos para as mulheres, nomeadamente o combate ao aborto clandestino e pela despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez de que foi principal rosto na Assembleia da República. Destacou-se também na criação dos Julgados de Paz, um nível de instituição para a justiça mais próxima dos cidadãos, sendo reconhecida como a sua principal impulsionadora.
Foi membro da Assembleia Municipal de Setúbal de 1979 a 2009, tendo sido Presidente deste órgão do Poder Local Democrático entre Janeiro de 2002 e Novembro de 2009, tendo sido homenageada pela Câmara Municipal com a Medalha de Honra da Cidade de Setúbal.
Integrou o Conselho Nacional do Movimento Democrático de Mulheres (MDM) e a Associação de Amizade Portugal-Cuba.
Odete Santos destacou-se pelo seu compromisso com os trabalhadores e o povo, com uma particular ligação com a juventude, afirmando a sua notável capacidade, profundidade de análise, solidariedade, dedicação, frontalidade, coragem e força de intervenção.
Mulher de Abril, destacada deputada e dirigente comunista, Odete Santos foi uma figura marcante na construção do Portugal de Abril e na afirmação dos direitos que a Constituição da República Portuguesa consagra, em particular sobre os direitos dos trabalhadores, sobre a igualdade e a emancipação da mulher, uma presença constante na acção de solidariedade com os povos de todo o mundo, uma incansável participante na concretização do ideal e projecto do Partido Comunista Português.
Políticas erradas condicionam a resposta da ULS da Guarda às populações
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Hospital Sousa Martins (ULS Guarda): opções políticas erradas e falta de organização condicionam a resposta pública imprescindível às populações do distrito da Guarda
A resposta desta unidade de saúde tem vindo a degradar-se nos últimos anos. A falta de investimento no SNS e a aposta errada na contratação de prestadores de serviço, sem vínculo à instituição pública de saúde, fruto de opções dos sucessivos governos PSD/CDS e PS conduziram a graves carências que têm afetado sobretudo as populações mais idosas e os mais desfavorecidos.
Sem medidas urgentes, a extinção de muitos serviços será o resultado previsível. Temos que lutar contra o definhamento do SNS no distrito da Guarda.
Nos últimos dias somos confrontados com alterações às Escalas de trabalho, inclusivamente com atropelos aos direitos dos trabalhadores. Neste momento a esmagadora maioria dos médicos de cirurgia, medicina, anestesiologia recusa trabalho extraordinário uma vez que já ultrapassaram as 150 horas consagradas na carreira médica. O PCP sempre afirmou que há um número insuficiente de médicos nos diversos serviços públicos, no entanto, as propostas do PCP foram sucessivamente sendo rejeitadas, não apenas pelo PS e pelo PSD, mas também pelo Chega, IL e CDS. A cegueira ideológica aliada ao favorecimento do negócio privado da doença são responsáveis pelo definhamento da saúde pública no Interior e em particular nos serviços do HSM, e colocam diversos serviços em risco de desaparecer:
- Cardiologia – Cobre apenas dois dias por semana na escala de urgência;
- Cirurgia – Com apenas 8 médicos (alguns com idade próxima à reforma e 1 já a atingiu) começa a ser incomportável manter escala de 3 elementos;
- Dermatologia - Não há urgência. 2 médicos (um deles com idade para a reforma);
- Medicina Interna - Possui mais médicos, acabaram duas especialistas e aguardam vaga e mais duas proximamente vão terminar a especialidade, quase todos colocaram a escusa na realização de mais que as 150 h/ano de trabalho extraordinário;
- Oftalmologia - não faz urgência, não opera, só faz consultas;
- Ortopedia - 4 médicos (3 deles em idades próximas da reforma e 1 já a atingiu), sobrevive à custa de prestadores, mas com muitos dias sem cobrir a escala de urgência;
- ORL - cobre um dia por semana na escala de urgência;
- Obstetrícia - 5 médicos, alguns já em idades próximas à reforma;
Com a requalificação do Pavilhão 5 para instalação do departamento da Mulher e da Criança é fundamental o reforço da equipa da Obstetrícia(enfermeiros ESMO e Obstetras) para que não ocorra o encerramento da Maternidade pela falta de profissionais de saúde, tal como aconteceu com a equipa da Pediatria há uns anos largos atrás esteve quase a fechar.
O PCP enaltece o caminho trilhado na Pediatria que levou ao reforço de recursos humanos médicos e também de enfermagem. Alertamos, no entanto, para a importância de reforçar o número de especialistas de enfermagem na área da saúde infantil e pediátrica, pela sua importância na área da neonatologia.
A ULS da Guarda dispõe de equipamentos na área da Gastrenterologia, com enfermeiros diferenciados no exercício desta área, no entanto, hoje não há qualquer gastroenterologista. Recordamos que este serviço chegou a ter dois médicos permanentes no mapa de pessoal e um prestador de serviços. O caminho do serviço de Gastroenterologia foi o caminho de outras especialidades que já há muitos anos deixaram de existir.
O PCP sempre considerou que a intervenção interdisciplinar é fundamental para o bom funcionamento dos serviços. É fundamental criar as condições para recrutar e fixar profissionais no SNS sejam médicos, enfermeiros, TSDT, TSS, Assistentes Técnicos ou Assistentes Operacionais.
O PCP desde sempre tem alertado para a importância de reforço de meios e sobretudo de recursos humanos no Interior. O PCP apresentou sistematicamente propostas para fixar recursos formados no ensino superior público no SNS, nomeadamente no ensino pós graduado. São urgentes medidas que fixem os profissionais formados na Faculdade das Ciências da Saúde/UBI, é necessário avançar com a exclusividade de funções de todos os profissionais de saúde ao SNS para inverter a situação do Hospital Sousa Martins (HSM) – ULS Guarda.
No âmbito do OE 2024 o PCP apresentou propostas que visam travar a sangria de recursos humanos para o privado e a justa e necessária valorização dos salários com o aumento mínimo de 15% e 150 euros.
Só se conseguirá fixar profissionais com a justa valorização salarial, e não com acréscimos remuneratórios que mais não são que o caminho para a empresarialização das estruturas publicas do SNS. O PCP continua a defender o necessário e urgente investimento público para a requalificação do Pavilhão 1.
O PCP apoia a luta das populações e dos trabalhadores na defesa do SNS, estará solidário e presente na tribuna pública com o lema “ Serviço Nacional de Saúde é de todos e para todos’ a realizar pela USG/CGTP-IN e com o apoio dos seus sindicatos e movimentos de utentes, no próximo dia 24 de Novembro de 2023 pelas 16 horas.
Viva o Serviço Nacional de Saúde! Uma conquista de Abril!
Guarda, 20 de Novembro de 2023
A DORG do PCP
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