A ligação ferroviária à Guarda, através da Linha da Beira Baixa, data de 1893, constituindo um importante elemento para o desenvolvimento da região e a mobilidade das populações.
O avanço da eletrificação acabou por só chegar à Covilhã em 2011, faltando ainda estendê-lo até à Guarda. Para esse efeito, bem como para outros investimentos, o troço Covilhã-Guarda foi encerrado em Fevereiro de 2009, para a realização de obras com estes objetivos. Criou-se em alternativa um transporte rodoviário da responsabilidade da CP, para funcionar enquanto durassem as obras na linha.
Tanto quanto é possível apurar dos dados disponibilizados publicamente, terão sido entretanto investidos mais de 7 milhões de euros nas obras da linha, podendo naturalmente este montante ser superior.
A REFER tem entretanto vindo a preparar o anúncio do encerramento definitivo da linha, tendo cessado o transporte rodoviário alternativo a 1 de Março do corrente ano. Este facto denuncia as verdadeiras intenções da CP e da REFER e naturalmente do Governo, que se prepara para, também no plano das ligações ferroviárias, abandonar as populações do distrito da Guarda.
Neste sentido, nos termos constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito ao Governo, através do Ministro da Economia e do Emprego, que me responda às seguintes questões:
- Como justifica o fim do transporte rodoviário alternativo no troço Covilhã-Guarda da Linha da Beira Baixa, ocorrido a 1 de Março?
- Confirma o investimento de mais de 7 milhões de euros nos últimos três anos neste troço?
- Confirma que pretende encerrar definitivamente este troço ferroviário?