Uma delegação da DORG do PCP, com o deputado na Assembleia da República, Miguel Tiago, realizou uma série de visitas e contactos com entidades e trabalhadores no distrito da Guarda, tendo abordado questões relativas à Saúde e Cultura.
A delegação do PCP contactou com os trabalhadores da empresa COFICAB no âmbito da campanha nacional do PCP “Valorizar os trabalhadores”, onde teve oportunidade de valorizar a luta reivindicativa essencial para progredir na defesa e conquista direitos e de salários.
No contacto com a Delegação Distrital do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses foi possível fazer um balanço sobre a situação dos serviços de saúde do Distrito e as condições de trabalho destes profissionais. Durante a reunião foi possível constatar que se mantém se a grave carência de enfermeiros na ULS Guarda (no levantamento do sindicato ronda centena e meia de enfermeiros em falta), ainda não foram contratados enfermeiros para dar cobertura ao número de horas de cuidados necessárias, para igualar a jornada de trabalho dos enfermeiros com contrato individual de trabalho com os enfermeiros contratados da função pública (35 horas semanais); Há mais de duas dezenas de enfermeiros por substituir por baixas de longa duração.Foi ainda sublinhado que neste momento há cerca de meia dezena de enfermeiros contratados via randstad que se mantém para além do pico de afluência sazonal (gripe) dada a grave carência nos serviços em especial no serviço de urgência médico-cirúrgica.
O PCP tem vindo a alertar para que todos os dias os utentes do Serviço Nacional de Saúde e os seus profissionais estão confrontados com as consequências gravosas de décadas de política de direita levada a cabo por PS, PSD e CDS e que o Governo do PS tarda em romper. Consciente de que a situação do SNS necessita de respostas imediatas, de que exige a ruptura com a política de direita e a adopção de uma política alternativa, o PCP apresentou um Plano de Emergência para o Serviço Nacional de Saúde que contempla o reforço de investimento para a requalificação e construção de centros de saúde e hospitais, substituição e renovação de equipamentos e alargamento de valências nos cuidados de saúde primários; a contratação de profissionais de todas as categorias dando-lhes condições de trabalho, repondo direitos e valorizando as carreiras; atribuir médico de família e enfermeiros de família a todos os utentes; reduzir os tempos de espera para consultas e cirurgias; reverter as PPP e assegurar a gestão pública dos hospitais actualmente em gestão PPP, revogar as taxas moderadoras e garantir o transporte de doentes não urgentes.
No contacto com entidades, agentes e associações culturais do Distrito, onde estiveram presentes a Associação Luslinar, o Grupo de Música Contemporânea Síntese e o Grupo de Teatro Calafrio, a delegação do PCP ouviu opiniões e contributos dos criadores, das estruturas de criação artística, sobre a necessidade de um modelo de apoio às artes que encare o trabalho artístico e cultural como factor de desenvolvimento do país, transmitindo que o PCP defende que é preciso fazer uma revisão de fundo do modelo de apoio às artes, reafirmando que relativamente à questão fundamental do financiamento, o PCP apresentou a proposta de montante mínimo de 25 milhões de euros para 2018 em sede de Orçamento do Estado e que foi inviabilizada por PS, PSD e CDS. O PCP reafirmou a intenção de dar passos firmes na elaboração de uma proposta que traduza uma verdadeira política alternativa para a Cultura no nosso país.