Numa visita recente ao Museu do Côa, o qual foi inaugurado em 2010 e foi construído com a participação de fundos comunitários, pude constatar a sua importância no Parque Arqueológico do Côa, como pólo cultural que pode e deve ter um papel dinamizador da região, como uma estrutura de interpretação e de serviços essenciais para o bom acolhimento de visitantes e para um trabalho de qualidade junto das comunidades locais e regionais.
No entanto, há dificuldades de financiamento das actividades a realizar, por falta de verbas do orçamento de estado, além das questões ligadas à forma de gestão escolhida, o que preocupa trabalhadores, investigadores e todos quantos apostaram na defesa do Vale Arqueológico do Côa, classificado pela Unesco como Património da Humanidade.
Registe-se que esta é uma zona do interior de Portugal onde é fundamental fixar populações através da criação de empregos dignos, além do Museu do Côa poder ser um poderoso centro de interpretação da verdadeira colecção que está nos 17 quilómetros do vale, que albergam as rochas decoradas e os vestígios de acampamentos dos caçadores artistas do Paleolítico Superior.
Assim, solicito à Comissão Europeia que me informe do seguinte:
1. Que programas existem para apoiar o financiamento das actividades de investigação, interpretação e dinamização cultural que o Museu do Côa pode desenvolver?
2. Que apoios podem ser concedidos para que este pólo cultural possa contribuir para o desenvolvimento regional, designadamente através do turismo cultural?
3. Que apoios existem para que ali funcione também um centro educativo em interacção com as escolas?