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A Direcção da Organização Regional da Guarda (DORG) do PCP, reunida a 13 de Outubro de 2017 na Guarda, procedeu à análise das eleições autárquicas de 1 de Outubro, analisou a situação no Distrito e discutiu e decidiu linhas de trabalho no plano da sua intervenção política no Distrito.

Prosseguir o trabalho ao serviço das populações e do desenvolvimento dos territórios.

O resultado das eleições autárquicas do passado dia 1 Outubro confirma no plano nacional a CDU como a grande força de esquerda no Poder Local.

Não obstante recuos verificados, as importantes posições nas autarquias em que assume a presidência – 24 municípios e 139 freguesias, mais de 180 se consideradas as freguesias existentes antes da agregação –, a significativa presença da CDU no conjunto dos órgãos autárquicos – 171 vereadores, 619 eleitos em assembleias municipais e 1665 em assembleias de freguesia – são a garantia de que o reconhecido trabalho, honestidade e competência marcará presença em todo o País e que prosseguirá a sua acção todos os dias, dando voz às populações, contribuindo para dar solução aos problemas, combatendo o que prejudique os direitos e o interesse colectivo.

No Distrito da Guarda a CDU subindo em 4 concelhos, desce de votos e de percentagem no plano distrital face a 2013, ficando com um total de 21 mandatos (-2) nas Assembleias de Freguesia, 7 mandatos em Assembleias Municipais (-3).

O total de 28 mandatos em 9 dos 14 concelhos (Almeida, Gouveia, Guarda, Manteigas, Meda, Pinhel, Sabugal, Seia e Trancoso) continua a representar uma importante expressão da CDU no Distrito, tendo até visto ser reforçada essa expressão em concelhos onde ela não se verificava como é o caso de Trancoso e Meda onde se verificam mandatos em freguesias.

 

A DORG do PCP regista ainda o importante resultado da CDU na freguesia de Almeida, mantendo a presidência desta importante Junta de Freguesia, com provas dadas onde o Trabalho, honestidade e competência foi sempre posto ao serviço da população e dos seus interesses. Regista-se ainda o reforço da CDU e da sua votação em zonas de menor influência politica do PCP onde avanços em votos e percentagem é reforço da nossa intervenção e acção junto das populações na defesa dos seus interesses. Casos como a votação para a Câmara Municipal de Trancoso em que duplicamos a votação, assim como num conjunto de freguesias como: a eleição de 2 mandatos em Vilares e Carnicães (Trancoso), 3 mandatos em Alvoco (Seia) 1 mandato em Poço do Canto (Meda), Alverca da Beira (Pinhel), 3 mandatos em Moimenta e Vinhó (Gouveia), expressão de votação da CDU que alarga a intervenção em mais territórios, além daqueles onde mantivemos a nossa expressão eleitoral através dos respectivos mandatos. A DORG do PCP regista ainda um aumento de número de candidaturas em diversos concelhos, algumas que escondendo reais projectos partidários atrás de candidaturas chamadas “independentes” criaram falsas expectativas contribuindo para um natural aumento da dispersão eleitoral.

A DORG do PCP saúda todos os activistas da CDU, membros do PEP, do PEV e os muitos independentes que ao longo dos últimos meses, com o seu empenho e dedicação, contribuíram para uma campanha de muito contacto, presença, auscultação, afirmação e projecção do projecto autárquico da CDU e o seu carácter distintivo.

O resultado destas eleições, quer no plano distrital, quer nacional não reduz a determinação do PCP de continuar a intervir para responder aos interesses e aspirações dos trabalhadores e do povo. O resultado destas eleições, não contribuindo para dar mais força à defesa, reposição e conquista de direitos, não reduz a influência real do PCP, o reconhecimento que milhares e milhares de pessoas fazem da sua acção decisiva na nova fase da vida política nacional, nem o papel que continuará a assumir, para com a dinamização da luta, construir o caminho que garanta o desenvolvimento económico e social das freguesias, dos concelhos, da Região e do País.

Continuando a desenvolver-se pelo conjunto das organizações no Distrito a discussão e análise colectivas, envolvendo também os muitos independentes que participaram nas listas da CDU, no sentido de fazer o balanço e perspectivar o trabalho, a DORG do PCP identificou ainda matérias que carecem de intervenção e acção políticas, entre as quais um particular destaque para o problema dos incêndios que se verificaram ao longo dos últimos meses por todo o Distrito e que mais do que legislação, exige-se que a existente seja aplicada, onde a necessidade de meios como os sapadores e guardas florestais são prementes, assim como a dotação de meios e equipamentos às diversas corporações de Bombeiros na Região, além de todo o carácter de meios preventivos que urgem ser tratados além da época dos incêndios.  

Estes como outros investimentos colocam-se com grande actualidade e contribuição necessária para o desenvolvimento do Distrito, a par da produção nacional, agricola, florestal e industrial, sua revitalização e modernização, a preservação do património e a necessidade da defesa dos serviços públicos.

A DORG do PCP saúda a luta das populações e dos trabalhadores, contribuição decisiva para o avanço no caminho de recuperação e conquista de direitos atacados no Governo PSD/CDS. Saúda a justa luta dos trabalhadores dos diversos sectores da Administração pública e do sector privado com acções marcadas para este mês, assim como apela à participação na manifestação convocada pela CGTP-IN para o próximo dia 18 de Novembro.

 

Intervenção do PCP, sua acção e Reforço

A DORG do PCP procedeu ainda ao balanço do conjunto de intervenção ao longo dos últimos meses em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo; a iniciativa institucional dos eleitos nas autarquias locais, o balanço da acção legislativa no Distrito; a acção política designadamente as campanhas «Mais direitos, mais futuro, não à precariedade» e «Produção, emprego, soberania, libertar Portugal da submissão ao Euro»; a campanha política de massas que as eleições autárquicas constituíram; a participação da Organização Regional na Festa do Avante! e o êxito que ela constitui; a concretização de medidas de reforço do Partido – são elementos integrantes de uma vasta acção que colocou enormes exigências à organização e ao trabalho de direcção e a que o Partido respondeu em condições difíceis de permanente silenciamento, desvalorização e intoxicação anticomunista.

Acompanhando a acção geral do Partido e tendo em conta a acção concreta no Distrito a DORG apontou como principais linhas de trabalho até ao fim do ano de 2017:

- desenvolvimento da Jornada nacional de informação nos dias 26,27 e 28 de Outubro com acções em todo o Distrito;

- desenvolvimento da campanha de valorização do trabalho e dos trabalhadores, pela fixação do Salário Mínimo Nacional em 600 euros em Janeiro de 2018, pelo aumento geral dos salários, pelos direitos dos trabalhadores e de combate à precariedade;

- prosseguimento das acções em torno das comemorações do Centenário da Revolução de Outubro em todo o distrito, já desenvolvidas na Guarda, Gouveia, Foz Côa e Trancoso;

- Audição pública em torno das questões pela erradicação da Pobreza

- Iniciativa em torno da defesa do Património Natural

- Desenvolvimento do conjunto de medidas de reforço orgânico do Partido no Distrito.

 

 Guarda, 13 Outubro de 2017-10-16

 Direcção Regional da Guarda do PCP