Nota da DORG do PCP
A DORG do PCP saúda o êxito da Greve Geral de 24 de Novembro, a CGTP-In, as suas estruturas e todos os trabalhadores envolvidos na construção, realização e participação desta luta que teve também no distrito da Guarda uma significativa expressão.
A DORG do PCP destaca o carácter nacional e transversal que esta acção assumiu, em diversos sectores de actividade. Uma grande Greve Geral, envolvendo mais de 3 milhões de trabalhadores, afirmando-se como uma vitória sobre a resignação e o conformismo, reafirmando o valor maior da luta e constituindo uma poderosa resposta à brutal ofensiva do Governo PS e do PSD, e de todos aqueles, como o Presidente da República, que têm conduzido ao rumo de desastre imposto ao país.
A DORG do PCP saúda todos aqueles que no Distrito da Guarda aderiram à Greve Geral contribuindo assim para o seu êxito, em particular os jovens muitos deles com vínculos precários que com coragem e determinação engrossaram a corrente de luta e de protesto exigindo uma vida melhor com uma mudança de políticas.
A DORG do PCP solidariza-se com a resposta dada pelos trabalhadores da Administração Pública com as expressivas adesões dos enfermeiros nos Hospitais de Seia e da Guarda, dos professores e funcionários das escolas, tendo sido registadas mais de 25 escolas sem aulas no Distrito, assim como no Conservatório de Música da Guarda, dependências da CGD que encerraram, assim como tribunais e finanças, como Seia, Manteigas, Gouveia e Almeida; o encerramento do Parque Arqueológico e do Museu do Côa e a adesão dos trabalhadores das Câmaras Municipais com elevadas participações como em Celorico da Beira (84%), Fornos (80%), Gouveia (70%), Guarda (70,3%), Manteigas (96% nos serviços externos), Sabugal encerrou o edifício com adesão a 100% assim como em Seia onde na recolha de lixo se registou 100% de adesão. A DORG do PCP saúda ainda as dezenas de trabalhadores da DURA que aderiram à greve e todos aqueles que com maior ou menor expressão na sua empresa ou serviço se juntaram ao protesto.
É certo que existiu uma apressada e desesperada tentativa por parte do Governo do PS, de alguns comentadores e daqueles que estão ao serviço dos grandes interesses, em esconder números, em propagandear a inutilidade da luta e a minorizar aquilo que foi uma luta histórica no nosso país. Certo é também que esta Greve Geral constituiu um momento singular de afirmação de dignidade dos trabalhadores, de um grito de protesto, indignação e luta de milhões de trabalhadores que disseram Basta. Basta de injustiças e de sacrifícios sempre para os mesmos de sempre. A Greve Geral constitui uma poderosa manifestação dos trabalhadores e do Povo português da sua disponibilidade para impedirem o prosseguimento da actual política, para serem parte determinante da ruptura e mudança de que o país precisa.
O PCP esteve ao lado desta Greve Geral, porque está com a luta dos trabalhadores, porque está comprometido com a exigência de aumento dos salários, de desenvolvimento do aparelho produtivo, de aposta no investimento e nos serviços públicos. O PCP esteve e está com a luta dos trabalhadores porque a sua luta é a luta por um país de progresso, de justiça social, por um Portugal soberano e independente. Renovando o seu compromisso de sempre com esta luta, o PCP reafirma aos trabalhadores e ao povo português que podem contar com o PCP.