ZULMIRO ALMEIDA 1

A candidatura de João Ferreira a Presidente da República anuncia que Zulmiro Rodrigues de Almeida é o Mandatário Distrital da Guarda da Candidatura.
Zulmiro Almeida é independente, tem 73 anos, é Casado e tem 4 filhos. Aposentado dos CTT. Foi dirigente Sindical do sindicato SNTCT - Regional e Nacional. Foi Membro do Conselho Nacional da CGTP nos anos 90. Actualmente é dirigente da União de Sindicatos da Guarda dos Inter-reformados e membro do CNAR dos CTT ( aposentados). É Porta-voz da Comissão de Utentes da A25.

DECLARAÇÃO
Como disse o João Ferreira na sua apresentação, esta candidatura dirige-se “aos que vivem do seu trabalho, e que sentem que, com o seu empenhado esforço, poderiam viver melhor, se fosse outra, mais justa, a repartição da riqueza que criam”.
É uma candidatura apoiada pelo PCP, mas que vai para lá dele. A prova disto, é a minha presença aqui nesta sessão. Sou independente, defensor dos valores de Abril, defensor do projecto contido na Constituição da República, defensor dos trabalhadores e do desenvolvimento regional.
A extensão e gravidade dos problemas que o Distrito e o País enfrentam exigem, a par de respostas e soluções para problemas imediatos, a adopção de uma política que rompa com a política de direita e que abra caminho a um outro rumo que assegure as condições para o desenvolvimento soberano do País, para superar os principais défices estruturais, valorizar os salários e direitos dos trabalhadores e elevar as condições de vida do povo.
Entre Janeiro e Julho de 2020 inscreveram-se 3.448 novos desempregados nos centros de emprego do distrito. Um número que não reflete toda a dimensão do problema.
Um projecto de desenvolvimento assente no respeito pela Constituição da República remete para a necessidade de políticas de valorização os salários no sector privado e público, eliminação dos cortes salariais associados ao lay-off, proibição de todos os despedimentos, defesa dos postos de trabalho, assegurando apoios extraordinários a quem perdeu rendimentos, reforço da protecção social em todas as suas dimensões – do desemprego à doença, das pensões às creches e aos lares –. apoio à actividade das micro e pequenas empresas.
A situação da epidemia trouxe à evidência que o reforço do SNS é a solução. É preciso estancar a entrega de dinheiros públicos, que fazem falta ao SNS, aos grupos privados que lucram com a doença. È fundamental um Presidente da República comprometido com o serviço público e não com o negócio da doença. A asfixia de meios materiais e recursos humanos tem prejudicado o bom funcionamento das diversas áreas de intervenção do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no distrito da Guarda. Reforça-se a necessidade de mais investimento, mais profissionais, mas serviços de proximidade. Exige-se uma real valorização das carreiras profissionais na saúde e o combate sério à promiscuidade entre privado e público. A necessidade de existência da maternidade no Hospital Sousa Martins, bem como a defesa da valência de pediatria, é fundamental para valorizar o SNS na Região.
Ciclicamente os sucessivos Governos PS, PSD e CDS encheram páginas com juras ao interior, mas sempre evitaram a discussão das medidas concretas. Enquanto isso prosseguiu o encerramento de escolas, serviços de saúde, estações dos CTT, agências bancárias etc, esquecendo que sem serviços públicos não há incentivos à fixação de pessoas que resultem. Prosseguiram e aprofundaram limitações ao desenvolvimento com a implementação das portagens. Adiaram investimentos e não avançaram com um processo sério de descentralização, inseparável da criação das regiões administrativas.
O problema do Interior tem sido a política de direita! Pelo que só recuperando as parcelas perdidas da nossa soberania poderemos libertar os meios e os recursos para tomar nas nossas mãos os destinos das nossas vidas e retomar o rumo de desenvolvimento, com investimento público e produção nacional, apoiando a agricultura familiar e os MPME. Só valorizando quem trabalha, valorizando as funções sociais do Estado e os serviços públicos poderemos combater as assimetrias sociais e regionais.
A Regionalização é um imperativo há muito adiado de que o País necessita e que se impõe para reforçar a vida democrática, para assegurar uma coerente e eficiente Administração Pública, para criar condições de desenvolvimento das regiões mais desfavorecidas, respeitando e preservando a autonomia municipal.
João Ferreira, como candidato a Presidente da República, inicia um percurso de uma candidatura que assume com coragem e confiança um horizonte de esperança nos valores de Abril, de afirmação e defesa do regime democrático, do cumprimento da Constituição da República Portuguesa, de defesa dos direitos dos trabalhadores. Um candidato e uma candidatura que dá expressão aos anseios, interesses e aspirações populares e suscita a participação, mobilização e apoio dos trabalhadores, da juventude, das mulheres, dos democratas e patriotas, de todos os que aspiram a um futuro melhor.

A Candidatura de João Ferreira a Presidente da República