A DORG do PCP realizou no passado dia 14 de Novembro, no auditório do Paço da Cultura, na Guarda uma sessão evocativa de homenagem a José Manuel Costa, destacado militante do PCP.
A sessão que contou com dezenas de militantes comunistas, amigos, colegas, familiares foi realizada como a justa homenagem a um homem militante comunista, dirigente sindical, amigo, companheiro e pai, que dedicou toda a sua vida à luta abnegada por uma sociedade mais justa, pelos direitos dos trabalhadores, pelos valores de Abril. Intervieram na sessão Sofia Monteiro, dirigente do SPRC, Armando Morais, responsável pela DORG durante vários anos e Luísa Araújo membro do Secretariado do Comité Central do PCP. A DORG do PCP lembrou o homem e o militante nesta singela e justa homenagem. O PCP continuará na prática a homenagear José Manuel Costa, entendendo que a melhor forma de o fazer é com a luta pelo valores, ideais e uma sociedade justa, pela qual ele toda a vida lutou. A sessão terminou com um momento de Poesia com uma mensagem de Catarina Costa(filha), a declamação por João Taborda, do poema de Ary dos Santos "As portas que Abril abriu" e um poema que aqui deixamos de Manuel Rodrigues dedicado a José Manuel Costa
Sempre ouvimos falar de ti, camarada,
e da tua bondade natural.
Um homem de quem se pode dizer:
Não tolerava as injustiças,
Fez da vida um acto solidário
Na luta por um mundo melhor
Talvez por isso,
Foi muito sentida a tua precoce retirada,
Quando o sol brilhava, ainda alto,
E parecia longe o fim desta jornada.
Mas, assim se despediram os dias,
Não os sonhos e o projecto,
Que deram força à tua caminhada.
Dos teus sonhos, guardaremos a memória.
Quanto ao projecto,
Contará com as nossas redobradas energias,
Para que se cumpra, inteiro e puro,
Como o querias,
Quando, um dia, decidiste partir prá construção do futuro.
Já empunhámos as bandeiras a que entregaste a tua vida:
Do Sindicato, a quem deste tanta força;
Do Partido, a quem deste ainda mais.
Ninguém sucumbe, camarada, a uma morte traiçoeira,
Quando a morte não derrota os ideais.
E, de novo, havemos de ser muitos mil,
Força-vital, revolucionária, invencível,
Que fará brilhar outra vez,
No resplendor dum brilho infinito,
As estrelas de Abril.
Manuel Rodrigues