Foi anunciado há dias na comunicação social que a partir do dia 30 de Abril a Direcção-Geral do Tesouro e Finanças colocará para venda o edifício do Hotel Turismo da Guarda, através de hasta pública. A base de licitação é de 1,7 milhões de euros. O presidente da Câmara da Guarda congratula-se com esta venda, afirmando que é importante “devolver o Hotel à Guarda, à região e ao país”.
A Comissão Concelhia do PCP não pode estar mais em desacordo com esta situação. Esta venda, pelo valor de licitação ou pouco superior, nada trará à Guarda. O Hotel será entregue a um privado que, obviamente, visará o lucro, sem qualquer garantia de que venha a trazer qualquer tipo de benefício aos cidadãos da Guarda. Será apenas mais um hotel, como outros existentes na cidade, cuja única função é fornecer um serviço, e nada mais.
Na análise do PCP, devolver o Hotel à cidade, como mencionou o presidente da Câmara durante a sua campanha, seria devolvê-lo à esfera pública, de onde nunca deveria ter saído. Este edifício emblemático, cuja identidade se confunde com a própria cidade, deverá ser reutilizado para bem dos habitantes da Guarda, sendo realizadas as devidas obras de requalificação. Nele poderia ser criada, por exemplo, uma Escola de Artes (música, teatro, dança, artes plásticas) para formação de jovens – como propôs a CDU no seu programa eleitoral -, assim como uma secção museológica com a história do Hotel, exposição de fotos, e informação sobre este belo edifício inaugurado em 1947.
O Hotel Turismo deve ser devolvido à cidade, sim, mas com as suas portas abertas a todos os habitantes da Guarda e região.
Guarda, 13 de Abril de 2015
Comissão Concelhia do PCP