uvas A Comissão Concelhia de V.N. Foz Coa lançou um Manifesto aos lavradores e vitivinicultores do Concelho de Vila Nova de Foz Côa e do Douro em geral que aqui reproduzimos.

 É necessário que o Governo combata, com eficácia, a especulação com os  preços dos Combustíveis, da Electricidade, dos Pesticidas e Herbicidas, da Maquinaria, e a especulação com os juros do Crédito Bancário. A situação dos Vitivinicultores do douro é grave são necessárias medidas urgentes, o PCP reclama ao governo e demais orgãos de soberania, medidas capazes de salvar os pequenos e médios vitivinicultores do Douro


 As Medidas passam:
 
• Pelo equilíbrio e mais justiça social nas relações entre a Produção e o Comércio de Vinhos e de outras Produções.

• Pelo escoamento a melhores preços dos Produtos Agrícolas da Região.  

• Por mais investimento público na Agricultura e no Meio Rural Duriense, com ajudas públicas à Lavoura desburocratizadas e pagas a tempo e horas.

• Pela defesa e promoção do Ambiente, da Paisagem e do Turismo.

• Pela melhoria das condições de vida e de trabalho das Gentes desta Região Demarcada do Douro.

Há situações dramáticas na região demarcada do Douro, por um lado o Douro Património da Humanidade é das regiões que mais cresceu no turismo em Portugal, mas infelizmente o mesmo não se passa com os vitivinicultores, que para além da redução de 25000 pipas de mosto com beneficio o que se traduz numa perda de rendimento de 23%, os preços caem e como no caso de Vila Nova de Foz Côa Vitivinicultores que não conseguem escoar as suas uvas, porque a Adega cooperativa de Foz Côa está encerrada com processo de insolvência, e o mercado não absorve.
É preciso fiscalizar a rega ilegal de vinhas, a interdição a adição de Mostos Concentrados provenientes de fora da Região. Controlar a importação de Direitos de Plantação para dentro da Região Demarcada.


 A Casa do Douro – a histórica Instituição da Vitivinicultura Duriense – está paralisada, “roubada” que foi e está a ser dos seus “Poderes Públicos” e do seu Património. É pois necessário defender e revitalizar a Instituição Casa do Douro que muita falta faz no pleno uso dos seus direitos e poderes. É necessário que a Casa do Douro possa regularizar a sua situação financeira. E também é fundamental que a Casa do Douro tenha acesso à comercialização de Vinho do Porto até ao Consumidor e à Exportação, condição que ainda está impedida de ter devido a imposições e boicotes inadmissíveis.
 Políticas que permitam garantir um melhor equilíbrio entre a Produção e o Comércio dos Vinhos do Douro e Generoso/Porto. Não aceitamos a redução do “Benefício”” para os pequenos e médios agricultores mas sim através da sua “modulação” – a redução do “Benefício” por escalões consoante as áreas e as produções de cada Exploração. Para assim limitar, progressivamente, a quantidade de Benefício (e a Produção geral) às grandes quintas e maiores empresas e para permitir que os pequenos e médios Lavradores Durienses continuem a produzir com “Benefício” e a obter preços compensadores para os seus Vinhos O Governo deve criar Linhas de Crédito Bonificado, a longo prazo, para a Lavoura e o sistema dos Seguros Agrícolas deve passar a integrar um Seguro – bonificado – ao rendimento da Exploração Agrícola Familiar.
      A Produção e a Comercialização dos Vinhos do Douro e do Generoso/Porto são a base fundamental da estrutura sócio-económica da Região Demarcada.
O PCP está solidário com os vitivinicultores com a sua luta, com as organizações do sector, ao longo destes anos o PCP sempre lutou contra a Politica Agricola Comum e as suas reformas, contra as alterações na região Demarcada do douro e sempre quer na Assembleia da Republica quer no Parlamento Europeu, esteve contra estas politicas ,apresentando propostas para uma politica que defenda a produção nacional. A Avidouro promoveu uma manifestação no dia 29 de Agosto na Régua em que estiveram mais de mil viticultores contra estas politicas, O PCP esteve representado com um deputado a Assembleia da Republica e continua a dar voz aos pequenos e médios Vitivinicultores do Douro pelas suas justas reenvindicações.
Vila Nova de Foz Côa, 26 de Setembro de 2011