Uma delegação do PCP, com Miguel Viegas, deputado do PCP no Parlamento Europeu, realizou uma série de visitas dedicadas à produção de queijo da Serra e à avaliação dos prejuízos e restabelecimento da capacidade produtiva após os incêndios de 2017. As visitas e reuniões percorreram os concelhos de Celorico da Beira, Gouveia e Seia.
O Queijo da Serra representa um produto de excelência reconhecido a nível nacional e internacional. Contudo, e apesar de estar devidamente certificado, os produtores continuam a enfrentar grandes dificuldades. Por falta de fiscalização, uma parte do queijo que chega ao mercado é fabricado com leite importado e a preços incomportáveis. Esta prática coloca em causa qualquer estratégia de desenvolvimento e sobretudo os produtores locais. Os sucessivos governos têm revelado incapacidade em estabelecer um verdadeiro programa de desenvolvimento assente na valorização da Ovelha Bordaleira, na criação de estruturas de comercialização que garantam preços justos à produção e na disponibilização de meios públicos de fiscalização capazes de restituir a confiança e impedir a concorrência desleal. Só a valorização da produção poderá atrair os muitos jovens que continuam a sair das suas terras por falta de meios de sustento.
No concelho de Seia, a delegação do PCP visitou três empresas totalmente destruídas pelos incêndios de 2017 - um aviário na freguesia de Vila Verde, uma oficina e uma empresa de comercialização de pneus, ambas na zona industrial de Abrunheira. Três exemplos concretos que continuam à espera das indemnizações prometidas pelo governo mas que tardam em chegar ao terreno. O PCP registou a situação específica que cada caso é irá intervir junto do governo para pedir explicações para este atraso e reclamar o pagamento imediato dos apoios, por forma a que as empresas possam voltar rapidamente à sua atividade e manter os postos de trabalho que tanta falta fazem ao concelho e à região.