As supostas políticas que nos deveriam fazer sair da crise mais não têm feito do que agravar a situação económica e social. O resultado objetivo destas políticas são o 1.300.000 desempregados reais, valor bem superior aos 680.000 inscritos no IEFP, dos quais apenas 300.000 têm direito ao subsídio de emprego, sendo no Distrito da Guarda mais de 10 mil os desempregados. Por outro lado, verifica-se o maior ataque aos direitos sociais conquistados com a Revolução de Abril e às funções sociais do Estado, de que o planeado despedimento de 50.000 contratados da função pública é apenas o último episódio. O distrito da Guarda tem sentido os efeitos desta política do desemprego e destruição dos serviços públicos, agravando-se assim a desertificação.
Ao contrário do que os defensores da inevitabilidade, do conformismo e dos sacrifícios, a DORG do PCP considera que a resposta que estas políticas exigem é a luta dos trabalhadores e do povo. Isso se tem vindo a verificar desde o início do ano, através da luta dos trabalhadores e das populações num crescendo de expressão com maior evidência nas últimas semanas. O distrito da Guarda, não tem estado alheio a esta luta nacional, com a sua participação nas lutas nacionais e locais, de que a expressiva participação nas ações da Marcha contra o Desemprego, realizadas em Seia e na Guarda no passado dia 10 de Outubro, são o último exemplo.
A DORG reafirma que só com um PCP mais forte, organizado e combativo, ao lado dos trabalhadores e o povo, poderemos inverter as políticas do Pacto de Agressão das troikas nacional e estrangeira, por uma política patriótica e de esquerda. O XIX Congresso do PCP, sob o lema Democracia e Socialismo – Os valores de Abril no futuro de Portugal, a realizar nos próximos dias 30 de Novembro, 1 e 2 de Dezembro, é um momento fundamental de debate entre os comunistas na preparação para as lutas futuras. Esta vasta e profunda reflexão coletiva está a ser feita conjuntamente com as lutas presentes, exigindo aos comunistas um empenho redobrado de debate e ação. Também no Distrito se leva o Congresso aos trabalhadores e populações numa dimensão de ligação à vida e à realidade concreta que se vive e sente na região.
Guarda, dia 15 de Outubro de 2012