A Direção da Organização Regional da Guarda emitiu o seguinte comunicado.
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É urgente a requalificação e reabertura da linha da Beira Alta ao serviço das populações e do interesse público
Para o PCP é fundamental o transporte ferroviário de passageiros integrado num verdadeiro sistema de transportes, quer pelas suas características estruturantes para o sistema, quer pelo lugar estratégico que ocupa na vida económica do País, assegurando a circulação de mercadorias e bens e a mobilidade das populações, contribuindo com enormes benefícios para o ambiente e para o desenvolvimento sustentável ao nível local, regional e nacional.
O PCP sempre afirmou que a degradação do transporte ferroviário é fruto de opções ideológicas com vista à privatização, tal como aconteceu na área de transporte de mercadorias. Exigimos, desde já, soluções que permitam a reabertura mais breve da linha da Beira Alta.
Temos que combater a degradação do serviço ferroviário, bem patente na realidade que todos conhecemos desde de há anos na linha da Beira Alta. Basta verificar que o troço da Guarda a Vilar Formoso foi urgentemente requalificado para servir os interesses privados de mercadorias, esquecendo-se as populações locais. A melhoria de serviço ferroviário de passageiros deveria ser iniciada, desde já, no troço Guarda – Vilar Formoso com horários compatíveis com as necessidades dos trabalhadores e população.
Não podemos aceitar as estratégias de engenharia financeira, com desastroso impacto para o país do modelo das PPP (Parcerias Público-Privadas) e o modelo que fundiu as empresas públicas REFER e Estradas de Portugal nas Infraestruturas de Portugal.
O PCP reafirma a necessidade de dissolver os processos das PPP e de abandonar definitivamente um modelo que hipotecou o futuro do país para alimentar a gula de meia dúzia de grupos monopolistas.
É necessário responsabilidade política para encontrar as soluções que sirvam os interesses dos trabalhadores e populações com a urgência reabertura da linha da Beira Alta.
É fundamental desde já a concepção de um plano integrado de mobilidade no Interior, integrando a linha da Beira Alta e Baixa na resposta às necessidades das populações, permitindo um integrar o PART com a implantação de uma empresa pública de transportes rodoviários no território da CIM BSE, articulando com o transporte ferroviário na malha de suburbano, actualmente inexistente na Beira Interior, e ligado ao transporte regional alargado até Coimbra.