Pela Defesa e Valorização do Transporte Ferroviário da Guarda
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PELA DEFESA E VALORIZAÇÃO DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO NO DISTRITO DA GUARDA
Num quadro em que a realidade do nosso país e distrito demonstra que não há aproveitamento dos recursos e potencialidades do transporte ferroviário (a IP confirmou recentemente a quase residual taxa de realização (15%) do Plano Ferrovia 2020) o PCP e a DORG do PCP têm vindo a reafirmar que o transporte ferroviário é fundamental para um verdadeiro sistema de mobilidade, quer pelas suas características estruturantes para o sistema, quer pelo lugar estratégico que ocupa na vida económica da região e do país, assegurando a circulação de mercadorias e bens e a mobilidade das populações, com benefícios para o ambiente e para um desenvolvimento sustentável.
A nível nacional são notórios os problemas decorrentes da crescente fragmentação do sector ferroviário, da externalização de actividades, do desinvestimento, da desvalorização dos trabalhadores ferroviários e da subvalorização e quase supressão das estruturas públicas de planeamento de transportes.
A nível regional verificamos que a reabertura da Linha da Beira Baixa tem revelado problemas que não permitem aproveitar todo o seu potencial, pela desadequação das obras realizadas, dos horários praticados e do material circulante.
Num momento que se inicia a requalificação da linha da Beira Alta, o PCP tem vindo a alertar para os problemas decorrentes dos 9 meses previstos de encerramento da linha.
Se cruzarmos a estratégia de arrastamento no tempo dos investimentos no tempo, como nova forma dissimulada de cativações, com a menor capacidade das estruturas públicas de planeamento do transporte ferroviário, as previsões de encerramento poderão ver a ser ultrapassadas com prejuízo do distrito e do país. O PCP tem vindo a sublinhar que, nos anos 90, esta mesma linha foi electrificada e teve uma intervenção na sinalização, sem ser necessário o seu encerramento, aproveitando o período nocturno a fim de não prejudicar o tráfego.
Por outro lado, continua a faltar uma articulação no eixo ferroviário Beira Alta/Beira Baixa, assim como uma ligação ferroviária à Plataforma Logística, aproveitando a confluência das Linhas das Beiras (Alta e Baixa), e até uma ligação internacional pela via de Vilar Formoso. São ainda necessárias medidas que potenciem e articulem o transporte ferroviário com outros transportes públicos, o que exigiria um plano de investimentos ao nível do transporte ferroviário assim como medidas, em articulação com as Câmaras Municipais que integram a CIMBSE, visando o aumento da oferta rodoviária, a reposição imediata da redução dos preços dos passes sociais e a reposição de transporte retirados, garantindo desta forma o direito à mobilidade das populações.
O PCP vai continuar a bater-se pelo reforço da rede ferroviária, através da conclusão de troços já iniciados, do investimento na modernização e electrificação de linhas ferroviárias, na reabilitação de troços e em novas linhas, como por exemplo a Linha do Douro, quer para transporte de passageiros, quer de mercadorias, com garantia de gestão e exploração públicas assegurando horários e frequências compatíveis com uma utilização diária e a ligação entre várias localidades por elas atravessadas.
Guarda, 8 de Agosto de 2022
A DORG do PCP.
Incêndio na Serra da Estrela - Nota dos Secretariados da DORCB e DORG
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NOTA AOS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Os Secretariados das Direcções das Organizações Regionais de Castelo Branco e Guarda do PCP expressam a sua profunda preocupação pelo desenvolvimento do incêndio que lavra há 5 dias na Serra da Estrela, afectando os concelhos da Covilhã, Manteigas, Guarda e Gouveia, atingindo zonas de um riquíssimo património natural.
Os Secretariados das DOR de Castelo Branco e Guarda manifestam também solidariedade com as vítimas, lesados e com as centenas de bombeiros que continuam o combate a este incêndio.
O PCP não pode deixar de sublinhar que os incêndios que têm lavrado na região e no país evidenciam a falta de resposta às questões estruturais que estão identificadas - abandono do Mundo Rural, degradação dos serviços públicos, destruição da pequena e média agricultura e pecuária, que resultam na desertificação e no despovoamento.
Este incêndio em particular, que lavra num Parque Natural, traz à evidência a falta de investimento na área da conservação da natureza. O PCP tem vindo a alertar para o evidente afastamento da gestão das áreas protegidas do território, que não pode ser combatido com mais desresponsabilização do Estado Central, transferindo competências para as autarquias locais. O caminho que se abriu com anos de política de direita, fragilizou das estruturas públicas de gestão ambiental, que perderam trabalhadores e meios. Numa recente reunião com da Direcção Regional do Centro do ICNF foi possível constatar os défices de pessoal em particular no quadro de pessoal operacional e nos sapadores bombeiros florestais.
A falta de reforço das estruturas públicas, desde logo do ICNF, e da coordenação entre elas, continua a abrir caminho a que o ordenamento florestal e do território se faça de acordo com os interesses dos grupos económicos, que se sobrepõem aos interesses colectivos em termos de protecção civil, de defesa da produção nacional e de desenvolvimento regional.
O PCP tem vindo alertar que muitas das medidas decididas no seguimento das tragédias de 2017 continuam por concluir. O cadastro florestal, a criação das equipas de sapadores florestais, a reconstituição do corpo de guardas florestais, são disso exemplos. Mas também medidas imprescindíveis no sentido de valorização do preço da madeira, o que impede a gestão activa da floresta, a promoção do livre associativismo dos pequenos proprietários e o impulso adequado aos agrupamentos de baldios e aos projectos promovidos por baldios.
O PCP tem vindo a propor e reivindicar os meios adequados e a coordenação necessária às forças de protecção civil, mas também a existência de um Comando Nacional de Bombeiros, que são o único agente de proteção civil que o não tem, e regimes especiais de protecção dos Bombeiros e trabalhadores das AHBV.
Perante a dimensão evidente dos prejuízos e dos impactos no território deste incêndio, as organizações e militantes do PCP estão no terreno em contacto com as populações e vão realizar uma ronda pelos concelhos afectados com a deputada ao Parlamento Europeu, Sandra Pereira, com o objectivo de avaliar no terreno a situação e fundamentar a sua acção nas instituições e junto das populações.
As Organizações Regionais do PCP agirão com o objectivos imediatos de garantir apoios efectivos aos lesados, compensações para os rendimentos perdidos na área florestal, agrícola e pecuária, reposição do potencial produtivo e apoios e planos de restabelecimento do património natural perdido.
Os Secretariados das DOR de Castelo Branco e Guarda
IC6 e IC7 – uma obra necessária para a ligação do Interior ao Litoral
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Comunicado à imprensa
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O IC6 e IC7 - ligação a Oliveira do Hospital, Seia, Gouveia, Celorico da Beira, Covilhã (A23) – uma obra necessária para a ligação do Interior ao Litoral.
A ligação da Beira Litoral à Beira Interior, à Cova da Beira e zona da Raia, é uma justa pretensão das populações do Interior, com mais de 75 anos, que a EN 230 e actuais traçados da A25 e A23 não resolveram.
As direcções das organizações regionais do PCP de Castelo Branco, Coimbra e Guarda denunciam as encenações dos governos do PSD/CDS e PS que desde a década de 90 do século passado prometem, fazem anúncios, mas adiam sempre a concretização do IC6 e IC7.
É inadmissível lançar para 2024 o início das obras para o troço Tábua – nó da Folhadosa e é incompreensível a ausência de qualquer trabalho previsto para a ligação do nó da Folhadosa – A23 (Tortosendo).
O PCP vem insistindo na necessidade de se dar resposta às necessidades do País, do seu interior e das populações.
Uma ligação reivindicada há centenas de anos pelas populações que transitam entre a Cova da Beira, Coimbra, Figueira da Foz e as populações da vertente oeste da Serra da Estrela (Concelhos de Arganil, Seia, Gouveia, Celorico da Beira, Oliveira do Hospital), ligação entre o norte dos distritos de Castelo Branco, com o Norte do Distrito de Coimbra e com a zona sul do Distrito da Guarda), tarda a concretizar-se.
A coesão territorial também se faz com a implantação de infra-estruturas de mobilidade que façam a ligação das populações do interior com os centros urbanos e o litoral para acesso aos serviços de saúde, educação e reduzir custos na circulação de bens e mercadorias.
É tempo de o governo dar resposta às necessidades das populações, sem desculpas, e deixar de estar à espera da “primeira oportunidade”.
Já em Setembro de 2009 o Secretário de Estado Paulo Campos anunciava a concessão rodoviária da Serra da Estrela e indicava o primeiro trimestre de 2010 para o lançamento da obra, que integrava o IC6, entre Tábua e a Covilhã.
Segundo o governo de Costa, o projecto de execução do primeiro dos troços em falta seria lançado até Julho 2017, ficando depois a faltar apenas o último troço que leva a estrada até à Covilhã, para o qual o governo não avançou com qualquer data para a sua construção.
Apesar dos esforços e propostas do PCP, da maioria dos eleitos locais e das populações só em Setembro de 2021 são anunciadas as obras para o troço de Tábua ao nó da Folhadosa, mas, de acordo com a resolução do Conselho de Ministros n.º 46-A/2021 de 3 de Maio de 2021, as obras para este troço só têm cobertura financeira a partir de 2024 até 2026, num total de 38 milhões de Euros.
E quanto ao troço nó da Folhadosa – Covilhã?
Afirmava o Ministro Pedro Nunes dos Santos em 2021 que “não existe previsão da sua continuação”, mas que “à primeira oportunidade” avançará.
O IC6 não consta dos investimentos previstos no âmbito do PRR.
Ainda não foi esta “a primeira oportunidade” para a realização desta obra.
É o Governo e o PS a empurrar com a barriga para a frente a reivindicação das populações, criando, como em outros sectores, falsas expectativas que só adiam a resolução dos problemas.
O PCP tudo fará, junto das populações e no plano institucional através dos seus eleitos autárquicos e nacionais, para que se concretize esta justa aspiração das populações dos distritos de Castelo Branco, Coimbra e Guarda.
As Direcções Regionais de Castelo Branco, Coimbra e Guarda do Partido Comunista Português.
27 de Junho de 2022
Dificuldades de funcionamento da ULS da Guarda requerem medidas urgentes
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São cada vez mais frequentes as notícias de dificuldades de funcionamento dos serviços na ULS da Guarda, mais recentemente no serviço de ortopedia, invariavelmente relacionados com a falta de pessoal.
É PRECISO VALORIZAR OS TRABALHADORES DO SNS
O PCP tem vindo a defender que só valorizando os trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS), as suas carreiras e remunerações, incentivando a dedicação exclusiva e a fixação em zonas carenciadas é possível responder aos problemas que temos vindo a assistir.
O PCP EM LUTA PELA VALORIZAÇÃO ULS DA GUARDA
As lutas dos profissionais, dos utentes e a intervenção do PCP têm sido e continuarão a ser fundamentais na defesa da saúde dos trabalhadores e da população do distrito da Guarda. Permanecem problemas por vencer, designadamente na reabilitação das instalações do Centro de Saúde de Seia. Salientamos que foi fruto das propostas dos deputados comunistas na Assembleia da República que foi aprovado no Orçamento de Estado de 2021 a requalificação do pavilhão 5. Também nas infraestruturas, persistem as necessidades de respostas de fundo que permitam avançar com a requalificação das instalações degradadas e ao abandono no Parque de saúde da Guarda, nomeadamente o pavilhão 1.
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