Apresentação do primeiro candidato da CDU na Guarda
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O primeiro candidato da CDU ao círculo eleitoral da Guarda, José Pedro Branquinho, foi apresentado no passado dia 9 de janeiro.
Fica aqui a sua intervenção.
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Camaradas e Amigos,
É com muita honra que aceitei ser o cabeça de lista da CDU ao Circulo Eleitoral da Guarda, a CDU e uma força política composta pelo PCP, PEV e ID e com expressão Eleitoral em todo o Território Nacional e nas Ilhas.
Para a CDU as “causas” do subdesenvolvimento do Interior, são de facto, “consequências” de opções da política de direita do PS, PSD e CDS. Estas levaram ao empobrecimento e desertificação do mundo rural, com a destruição do aparelho produtivo, a eliminação de postos de trabalho, a destruição de serviços públicos, o agravamento das dificuldades na mobilidade e acessibilidades, entre outras consequências. São diversos os indicadores e situações que evidenciam a necessidade de um desenvolvimento do Distrito da Guarda que tenha em conta o problema da desertificação social e económica, os fatores que para isso contribuíram e as medidas necessárias para o contrariar.
Como temos afirmado: as soluções para o interior terão de ser encontradas num quadro de desenvolvimento equilibrado do espaço nacional, que respeite os territórios e potencie as suas riquezas. O que exige o desenvolvimento integrado e estrutural do interior, que é um dos eixos de uma política patriótica e de esquerda ao serviço do povo e do país. Não é com aqueles que conduziram o País e a vida dos portugueses à situação em que se encontram que pode haver solução para os problemas nacionais por mais falsas promessas que uns e outros repitam.
É tempo de dizer: É preciso Mudar de Política!
O Distrito da Guarda tem potencialidades e há muito que a CDU vem colocando a necessidade de aproveitamento dos recursos, do investimento e da valorização de quem trabalha. Foi muito o trabalho desenvolvido na Assembleia da República pelos grupos parlamentares do PCP, dos quais destacamos a apresentação de projeto de resolução para a Abolição das portagens na A 23, A24 e A25, para a Construção do IC6, para construção de 1 nova residencial de Estudantes na Guarda, para a reabertura da linha do Douro , para um Plano de Desenvolvimento do Parque Natural da Serra da Estrela depois do Flagelo dos Incêndios de 2022, contra a perda de valências nos Hospitais da Guarda e de Seia, o imediato reforço reforço de meios técnicos e humanos na ULS da Guarda. O PCP realizou a suas jornadas parlamentares na Covilhã nos dias 19 e 20 de Junho, em volta do Parque natural da Serra da Estrela e do seu potencial, visitando locais dos distritos da Guarda e Castelo Branco que foram atingidos pelos Incêndios e falou com agricultores e cidadãos que ainda não receberam qualquer compensação pelo flagelo dos Incêndios.
Guarda – um distrito com meios, recursos e potencialidades:
- A diversidade geográfica da região garante-lhe uma diversidade de produtos agro-pecuários endógenos de elevada qualidade; entre eles, o vinho, o queijo da Serra, a amêndoa, o azeite, a castanha, etc; para além do potencial agrícola, destaquemos também a pastorícia, o silvícola, de enorme importância paisagística, mas também económica.
- O facto de se encontrar junto à fronteira deve ser encarado como um factor de desenvolvimento; com vias de comunicação modernizadas, sem portagens e conforto nas deslocações ferroviárias. exportadoras.
- A região possui um património paisagístico e cultural invejável, desde a serra da Estrela ao Vale do Côa e ao Douro Vinhateiro (estes últimos classificados pela UNESCO como Patrimónios Mundiais); mas também uma série de monumentos pré-históricos (designadamente antas), castelos, arquitectura religiosa e vernacular de grande valor patrimonial.
- A região possui todo um saber adquirido, a matéria-prima e o potencial humano que permite a revitalização de industrias como do têxtil e do sector automóvel.
- A região possui ainda uma série de associações e outras instituições de elevado valor científico e artístico que é necessário apoiar.
O estado em que se encontra a região é resultado de opções de classe. É Urgente pensar nas pessoas e no desenvolvimento da região.
Apresentação da candidatura CDU ao Círculo da Guarda
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O primeiro candidato da CDU ao Círculo Eleitoral da Guarda será apresentado publicamente no próximo dia 9 de janeiro, pelas 17h30 na Sede do PCP na Guarda.
José Pedro Branquinho é o 1.º Candidato da CDU pelo Círculo Eleitoral da Guarda
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Faleceu Odete Santos, deputada do PCP natural da Guarda
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Nota do Secretariado do Comité Central do PCP
É com profundo pesar que o Secretariado do Comité Central do Partido Comunista Português cumpre o doloroso dever de informar o falecimento de Odete Santos aos 82 anos de idade e transmite à família as suas condolências.
Maria Odete Santos, nasceu a 26 de Abril de 1941, na Freguesia de Pêga, concelho da Guarda. Estudou no Liceu de Setúbal, licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, tendo exercido advocacia durante anos.
Membro do Partido Comunista Português desde 1974, integrou a Comissão Concelhia de Setúbal, a Direcção da Organização Regional de Setúbal e o Comité Central do PCP, do qual fez parte de 2000 a 2012.
Mulher de cultura, desde muito jovem teve intervenção cultural e antifascista em associações de cultura e recreio do distrito de Setúbal, nomeadamente no Clube de Campismo de Setúbal. Foi esse activismo e intervenção que suscitaram a perseguição da PIDE/DGS, a polícia política do regime fascista.
Logo a seguir ao 25 de Abril de 1974 integrou a Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Setúbal. Entre muitas das suas intervenções na nova vida democrática do concelho está o seu papel como principal impulsionadora da criação do Teatro de Animação de Setúbal (TAS), onde representou conhecidos dramaturgos.
É autora dos livros “Em Maio há cerejas” (Ausência, 2003) e “A Bruxa Hipátia – o cérebro tem sexo?” (Página a Página, 2010), e de uma colectânea de poesia (jornal Público) “A argamassa dos poemas”, onde Odete Santos através de autores que “amava” prestou homenagem aos que fizeram da poesia uma das mais belas e fortes armas de intervenção. Nas ruas de Setúbal disse poesia de Bocage. Sucessivas gerações ouviram e recordam a força que imprimiu ao declamar “Calçada de Carriche” de António Gedeão. Teve ainda participação nos anos de 2004 e 2005 em Teatro de Revista no Parque Mayer.
Foi deputada da Assembleia da República, de Novembro de 1980 a Abril de 2007. Destacou-se em áreas dos Direitos, Liberdades e Garantias, na defesa dos direitos dos trabalhadores e dos direitos das mulheres, assuntos que abordou em conferências, debates, entrevistas e artigos publicados. É de particular significado a sua intervenção na conquista de novos direitos para as mulheres, nomeadamente o combate ao aborto clandestino e pela despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez de que foi principal rosto na Assembleia da República. Destacou-se também na criação dos Julgados de Paz, um nível de instituição para a justiça mais próxima dos cidadãos, sendo reconhecida como a sua principal impulsionadora.
Foi membro da Assembleia Municipal de Setúbal de 1979 a 2009, tendo sido Presidente deste órgão do Poder Local Democrático entre Janeiro de 2002 e Novembro de 2009, tendo sido homenageada pela Câmara Municipal com a Medalha de Honra da Cidade de Setúbal.
Integrou o Conselho Nacional do Movimento Democrático de Mulheres (MDM) e a Associação de Amizade Portugal-Cuba.
Odete Santos destacou-se pelo seu compromisso com os trabalhadores e o povo, com uma particular ligação com a juventude, afirmando a sua notável capacidade, profundidade de análise, solidariedade, dedicação, frontalidade, coragem e força de intervenção.
Mulher de Abril, destacada deputada e dirigente comunista, Odete Santos foi uma figura marcante na construção do Portugal de Abril e na afirmação dos direitos que a Constituição da República Portuguesa consagra, em particular sobre os direitos dos trabalhadores, sobre a igualdade e a emancipação da mulher, uma presença constante na acção de solidariedade com os povos de todo o mundo, uma incansável participante na concretização do ideal e projecto do Partido Comunista Português.
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