A CIMBSE retira o direito à mobilidade das populações
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A Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) retira direito à mobilidade das populações, aumenta em 40% o passe de transporte e não cumpre com os objetivos do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART)
A Direção Regional da Guarda do Partido Comunista Português teve conhecimento, no passado dia 13 de Agosto, pela comunicação regional, que a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) decidiu que, “a partir de Setembro, limitará o apoio à aquisição de passes de transporte a pessoas em situação de carência económica comprovada” e que “segundo as novas regras, que vigorarão para os passes com validade posterior a 1 de Setembro, o apoio a conceder será de 50% do preço, mas limitado a pessoas em situação de carência económica que terá de ser comprovada pela Câmara Municipal da residência”.
Ora, a situação em vigor, sendo limitada, na área da CIMBSE, apoiava em 40% a aquisição de passes normais e em 60% se o utente tivesse mais de 65 anos ou menos de 23.
Recorde-se que o Programa de Apoio à Redução Tarifária é um programa que constou pela primeira vez no Orçamento de Estado (OE) de 2019 (por proposta do Partido Comunista Português) e que pelo Decreto-Lei nº 1-A/2020, de 3 de Janeiro lhe foi dado o suporte jurídico, tendo verba específica no OE de 2020.
Recorde-se, ainda, que o Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART) beneficia as populações, em outros concelhos e áreas metropolitanas, com um passe de 30€ no concelho e de 40€ na área metropolitana o CIM.
É este o modelo que o Partido Comunista Português propõe para a nossa região.
De salientar que o PART tem por objetivo combater os efeitos negativos associados à mobilidade, nomeadamente o congestionamento, a emissão de gases de efeito de estufa, a poluição atmosférica, o ruído, o consumo de energia e a exclusão social.
O objectivo é a oferta de transportes públicos acessíveis e de qualidade a quem diariamente se desloca, por razões profissionais e outras, em veículo próprio. Será que é o caso das “pessoas em situação de carência económica”? Não estamos perante uma medida ineficaz e ineficiente face ao objetivo que se pretende atingir?
O PART pretende ser uma ferramenta de coesão territorial, procurando um modelo de financiamento que garanta a equidade entre as Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto e o restante território nacional.
A CIMBSE, dirigida pelos Presidentes de Câmara Municipal e financiada pelo Orçamento de Estado, não vai, com esta medida redutora, assegurar o direito à mobilidade das populações da sua área e não cumpre com os objetivos do PART, que atrás referimos.
É uma medida sem sentido, que aumenta em 40% a despesa do passe de transporte das populações, reduzindo o rendimento dos trabalhadores e das famílias.
A redução existente já era limitada, face ao que é prática em outros concelhos e áreas metropolitanas, para a equidade e coesão no territorial nacional. Porém, a medida tomada ainda é mais minimalista, porque limita a redução do tarifário a um grupo alvo específico.
A CIMBSE, enquanto autoridade de transporte, é financiada pelo OE “para implementar e desenvolver medidas de apoio à redução tarifária nos sistemas de transporte público coletivo de passageiros, bem como para o aumento da oferta de serviço e a expansão da rede”, por isso, deve realizar as diligências necessárias junto dos operadores e do governo para que garantam o funcionamento dos sistemas de transporte, de forma a fazer corresponder a oferta às necessidades e garantir o direito à mobilidade.
Para o Partido Comunista Português, é inadmissível que face a eventuais dificuldades financeiras, resultantes do estado de pandemia e da obrigação em se assegurar o funcionamento dos serviços essenciais, se cortem ou se reduzam os direitos das populações, neste caso, o direito à mobilidade.
Deve a CIMBSE negociar com o governo, tendo em conta os desenvolvimentos em torno do surto epidémico do COVID-19, para que este assuma as suas responsabilidades para garantir o financiamento que assegure o funcionamento de todo o sistema de transportes existente no território da Comunidade Intermunicipal Beiras e Serra da Estrela.
O Partido Comunista Português propõe à CIMBSE que mantenha a atual redução até final do corrente ano e que proponha ao governo o reforço de verba para o PART, que vise a implementação do passe único de 30€ no concelho e de 40€ nos transportes rodoviários e ferroviários inter-concelhios e inter-CIMs.
É este o caminho, o do alargamento e aprofundamento do direito de mobilidade, visando a equidade e a coesão territorial no País.
Guarda, 24 Agosto de 2020
DORG do PCP
Valorizar os Serviços Públicos, Valorizar os Trabalhadores
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VALORIZAR OS SERVIÇOS PÚBLICOS, VALORIZAR OS TRABALHADORES
A actual situação que vivemos, veio evidenciar a importância dos serviços públicos e dos seus trabalhadores nas respostas às necessidades das populações.
Diariamente milhares de trabalhadores da administração local asseguram os serviços essenciais às populações, salvaguardando a saúde pública, respostas sociais e a continuidade da qualidade de vida da população.
PELA APLICAÇÃO DO SUPLEMENTO DE INSALUBRIDADE, PENOSIDADE E RISCO
Estes trabalhadores prestam o seu serviço expondo-se a riscos acrescidos sem qualquer compensação suplementar.
A valorização dos trabalhadores, mais do que com palavras de circunstância ou atos simbólicos, faz-se com medidas concretas, nomeadamente com o reconhecimento da natureza insalubre, penosa e de risco de várias atividades e que a esse reconhecimento corresponda uma justa e necessária compensação remuneratória.
A regulamentação e aplicação do Suplemento de Insalubridade, Penosidade e Risco é há muito uma justa aspiração dos trabalhadores da Administração Local que apesar de prevista e reafirmada no quadro legal, nomeadamente na Lei Geral de Trabalho em Funções Públicas, tarda em ver a sua aplicação efetivada.
PS VOTOU CONTRA, PSD, CDS E IL ABSTIVERAM-SE PARA BOICOTAR A APLICAÇÃO DO SUPLEMENTO DE PENOSIDADE E RISCO
Regra geral, as autarquias Locais pautam a sua ação pelo respeito, valorização e promoção das condições dos seus trabalhadores, sobretudo daquelas que dizem respeito às suas condições de saúde, higiene e segurança.
ACÇÃO DO PCP NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA E NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA GUARDA
Alertou para as condições dos trabalhadores que diariamente prestam serviços essenciais às populações e sensibilizar os órgãos competentes para a necessidade de ajustar a legislação à rudeza e perigosidade da sua função.
Exigiu do governo e da Assembleia da República a aplicação do Suplemento de Insalubridade, Penosidade e Risco aos trabalhadores da Administração Local.
Guarda, 18 de Agosto de 2020
DORG do PCP
Valorizar o SNS!
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VALORIZAR O SNS NA BEIRA INTERIOR
VALORIZAR OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
COMBATER O ESVAZIAMENTO E A SUPRESSÃO DE SERVIÇOS DE PROXIMIDADE
Apesar da complexidade das respostas necessárias à crise sanitária e económica, há algo que sabemos, na resposta ao vírus, foi e é fundamental a capacidade de resposta do SNS. Isto apesar dos maus-tratos a que foi submetido, por vezes por quem tinha a obrigação de o defender. É, pois, por isso necessário que seja defendido, também aqui, na nossa região.
Têm aparecido propostas e tentativas de implementação de diversos instrumentos legislativos que resultam numa pretensa classificação e hierarquização em diferentes níveis dos Hospitais do SNS. Porém, não podemos aceitar que, à boleia desta hierarquização ou das ditas redes de referenciação, haja espaço para esvaziar ou suprimir serviços de proximidade. Foi seguindo essa filosofia que aqui tentaram fechar as maternidades e depois passaram à concentração de serviços, conduzindo, nomeadamente nos antigos hospitais distritais de nível 1, particularmente Fundão e Seia, à redução significativa da oferta pública às populações de um conjunto de intervenções em saúde.
Encerramento do Serviço de Oftalmologia do Hospital Nossa Senhora da Assunção, Seia
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Nota
Encerramento do Serviço de Oftalmologia do Hospital Nossa Senhora da Assunção – Seia
Após as últimas informações que apontam para o que o serviço de oftalmologia do Hospital Nossa Senhora da Assunção fique sem médicos afetos ao serviço, a Comissão Concelhia de Seia do PCP, vem afirmar que é urgente que as entidades responsáveis pelo Hospital procurem com brevidade soluções que permitam que este serviço não encerre.
É urgente o investimento num serviço nacional de saúde público, um serviço que defenda a saúde da nossa população.
Por várias vezes nos últimos anos, o PCP, nos órgãos onde está representado tem defendido o investimento nos serviços do Hospital N. Sra. da Assunção, e combatido o ataque que os vários governos do PS/PSD e CDS-PP que levaram a que vários serviços fossem extintos.
Pode contar a população do nosso concelho com o empenho dos comunistas para a defesa de um serviço público de saúde com qualidade.
O PCP apela à luta, das populações em defeza Serviço Nacioal Saúde Publico , para todos.
Seia, 8 julho de 2020
Comissão Concelhia de Seia do PCP
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